7 mares

Coletânea discute como a avaliação pode mudar o ensino e a aprendizagem

O tempo todo avaliamos e somos avaliados. Na escola, embora o papel da avaliação venha ganhando cada vez mais destaque nos cursos de graduação e pós-graduação, o tema ainda não tem recebido a necessária atenção. Para suprir essa lacuna, a Papirus Editora lança Conversas sobre avaliação (160 pp.,), obra organizada por Benigna Villas Boas e que é resultado de interações com professores da educação básica e superior em palestras, pesquisas, encontros informais e contatos por escrito.

“A avaliação tem suscitado dúvidas de caráter teórico e prático”, aponta Benigna. Os aspectos abordados no livro, ela explica, mais do que colocar em evidência as fragilidades desse tema, apontam caminhos e possibilidades para o dia a dia em sala de aula de toda a comunidade escolar, incluindo pais e responsáveis. O objetivo é ampliar a reflexão sobre o que é a avaliação, suas funções, seus níveis e suas práticas, para promover as aprendizagens de todos os estudantes, da educação infantil à superior, contemplando também a educação de jovens e adultos e de jovens internos em instituições socioeducativas.

Entre outros tópicos, os capítulos questionam se é mesmo cabível avaliar comportamentos, se é possível eliminar a reprovação e que outras formas de avaliação podem ser consideradas além da aplicação de provas. Os autores também falam sobre como integrar pais e responsáveis nesse processo e sobre como a avaliação feita de forma encorajadora e respeitosa pode ajudar a driblar o bullying na escola.

Em formato de conversa, com linguagem objetiva e acessível, a obra afirma o compromisso dos autores com a educação de qualidade. “Nossa convicção pedagógica volta-se para que a avaliação cumpra seu papel de valorizar o trabalho desenvolvido pelas escolas (de educação básica e superior) e que, por seu intermédio, se removam as fragilidades encontradas no mais curto espaço de tempo”, explica a organizadora.

A aprendizagem dos alunos é tão importante que exige cuidados constantes para que continue evoluindo. O livro convida todos os professores, das mais diversas áreas, a participarem dessa conversa, pensando e repensando suas práticas avaliativas.

Sobre a organizadora:

Benigna Villas Boas nasceu em Bonfim (MG) e mora em Brasília desde 1960. É pedagoga, mestre em Educação pela Universidade de Houston, no Texas, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutora pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres.
Professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), atua nos cursos de formação de professores e no Programa de Pós-graduação em Educação, além de coordenar o Grupo de Estudos e Pesquisa em Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (Gepa), cadastrado no CNPq. Desenvolve pesquisas sobre avaliação e tem publicações importantes na área, ressaltando-se a obra Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico (2004) e a organização do livro Avaliação: Políticas e práticas (2002), ambos publicados pela Papirus Editora.

Coletânea traz contribuições teórico-práticas a profissionais que trabalham com crianças e a pesquisadores que estudam a infância e a educação

Num momento em que a ética tem sido muito questionada, ter um livro que se ocupe desse tema na pesquisa e nas práticas com crianças configura-se em importante material a todos que se interessam não apenas por uma educação infantil de qualidade, mas por um país em que a ética seja o fio condutor de ações desenvolvidas em qualquer esfera. É por essa razão que a Papirus Editora lança Ética: Pesquisa e práticas com crianças na educação infantil (256 pp.) coletânea organizada pelas professoras Sonia Kramer, Alexandra Pena, Maria Leonor P.B. Toledo e Silvia Néli Falcão Barbosa, referências nessa área.

A obra permite ao leitor acesso aos resultados de dissertações e teses realizadas no âmbito do grupo de pesquisa Infância, Formação e Cultura (Infoc), em atuação desde 1993 na PUC-Rio, e está organizada em três eixos: as práticas; as crianças; a pesquisa e a formação. Esses eixos abordam a educação infantil em suas diferentes dimensões, tendo a ética como tema central: espaços, relações entre crianças e adultos, práticas pedagógicas, formação de professores, currículo, avaliação.

O direito à educação infantil é garantido por lei desde a Constituição de 1988. Mas como as crianças pequenas têm sido atendidas nas creches e pré-escolas? Que práticas têm sido desenvolvidas com elas nesses espaços? O livro é um convite não só à reflexão sobre os direitos das crianças a uma educação de qualidade, mas principalmente ao exercício de escuta e observação, mostrando que é necessário ao pesquisador assumir a responsabilidade ética nos estudos em que elas são sujeitos.

“Ouvir e ver as crianças, durante o processo da pesquisa, pressupõe cuidados éticos, posição que expressa o compromisso político e científico de ecoar a voz das crianças, sua fala, sua cultura, sua linguagem, seu pensamento, suas crenças e seus valores”, explica Sonia Kramer. Isso ajuda a superar a invisibilidade em que as crianças muitas vezes são colocadas nas práticas cotidianas dentro das instituições de educação infantil.

Ética: Pesquisa e práticas com crianças na educação infantil é destinado a professores, pesquisadores e demais profissionais envolvidos e preocupados com a educação infantil, reforçando a ideia de que ela deve ser para todas as crianças e também para cada uma em particular. Caro leitor, participe você também desse movimento!

Sobre as organizadoras:

Sonia Kramer – é doutora em Educação pela PUC-Rio, onde atua como professora do Departamento de Educação e coordena o curso de especialização em Educação Infantil, o grupo Infoc e o grupo Viver com Yiddish.

Alexandra Pena – é graduada em Psicologia, especialista em Educação Infantil, com pós-doutorado em Educação pela PUC-Rio, onde atua como professora do Departamento de Educação e pesquisadora do grupo Infoc desde 2011.

Maria Leonor P.B. Toledo – é graduada em Psicologia, especialista em Educação Infantil e doutora em Educação pela PUC-Rio, onde atua como professora do Departamento de Educação e pesquisadora do Infoc.

Silvia Néli Falcão Barbosa – é especialista em Educação Infantil, mestre e doutora em Educação pela PUC-Rio, onde atua como professora do curso de especialização em Educação Infantil e do curso de extensão “A creche e o trabalho cotidiano com crianças de 0 a 3 anos”, além de ser pesquisadora do grupo Infoc.

Livro discute a cultura de paz na perspectiva educacional e a educação para a paz como possibilidade pedagógica

Não é de hoje que questões referentes à cultura de paz e à educação para a paz têm sido objeto de estudos. Mas pensá-las como possibilidade pedagógica na educação torna-se cada vez mais fundamental. Para isso, a Papirus Editora lança Cultura de paz e educação para a paz: Olhares a partir da complexidade (400 pp.), livro de Nei Alberto Salles Filho, pesquisador que trabalha há mais de uma década com formação de profissionais nos campos da educação para a paz, dos direitos humanos e da mediação de conflitos. 

Em pleno século XXI, ainda reproduzimos violências que pensávamos estar superadas com o desenvolvimento científico e tecnológico. Será que estamos destinados a uma cultura de violência, de fatalidades, de guerras entre países e pessoas, de violências encerradas em nossa vida como seres humanos? As diversas formas de violência, que vão desde a intolerância e as agressões físicas até a pobreza e a desigualdade social, compõem um cenário complexo e difícil de ser abordado adequadamente em nosso tempo.

Para lançar luz a todas essas questões, Salles Filho busca na teoria da complexidade proposta pelo sociólogo francês Edgar Morin as bases para interpretar os fenômenos presentes na reflexão sobre a paz e a violência. Para Morin, “quando falamos da crise da educação, o que vem primeiro à mente são os aspectos impressionantes, em todos os sentidos do termo, da violência na escola”. Desse caminho, abrem-se temas importantes para discussão no campo educacional: valores e direitos humanos, conflitologia e ecoformação.

No Brasil, desde 2018, a cultura de paz e a prevenção das violências estão inseridas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de modo que fundamentar esse campo de saber é urgente e necessário para a qualificação das convivências escolares, isto é, para que haja mais diálogo, mais democracia e mais cidadania, aspectos centrais para o desenvolvimento da civilização.

Cultura de paz e educação para a paz: Olhares a partir da complexidade está organizado em três capítulos: o primeiro considera aspectos centrais da teoria da complexidade, aprofundando a discussão sobre a cultura de paz. No segundo capítulo, são apreciadas as dimensões educacionais do pensamento de Edgar Morin, analisando os fundamentos conceituais e metodológicos da educação para a paz. No terceiro, Salles Filho propõe a construção de cinco pedagogias da paz: a pedagogia dos valores humanos, a pedagogia dos direitos humanos, a pedagogia da conflitologia, a pedagogia da ecoformação e a pedagogia das vivências/convivências.

Para o autor, “uma cultura de paz se faz com uma educação para a paz”. Lembrando que a cultura de paz cabe e vale para todos os seres humanos, em defesa de um mundo melhor, mais solidário, justo e sustentável. 

Sobre o autor:

Nei Alberto Salles Filho é mestre (Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep) e doutor (Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG) em Educação, com pós-doutorado (Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR) em Ensino de Ciência e Tecnologia. Atua na UEPG, onde dá aulas na pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas e participa como pesquisador nos grupos: Cultura de Paz, Direitos Humanos e Sustentabilidade e Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas. Também é coordenador do Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivências (NEP/UEPG) e trabalha há mais de uma década com a formação de profissionais nos campos da educação para a paz, dos direitos humanos e da mediação de conflitos. 

Livro aponta caminhos para a construção de uma educação infantil de qualidade, respeitando os direitos das crianças e suas possibilidades de criação

O que dizem as crianças sobre os espaços da creche? Como elas se deslocam ali e como se expressam sobre eles? Como elas os apresentam? O que mostram e o que deixam de mostrar? Para onde estão direcionados seus olhares? O que é relevante para elas sobre esses espaços onde vivem sua infância? A fim de responder a essas indagações, a Papirus lança Sob o olhar das crianças: Espaços e práticas na educação infantil (160 pp.), de Liana Garcia Castro, obra de grande importância para os estudos da infância, das práticas escolares, da ação cultural e das interações entre as crianças e delas com os adultos.

O livro traz relatos de uma pesquisa feita com crianças de uma instituição de educação infantil convidadas a brincar de fotografar os espaços por elas ali ocupados. Com uma abordagem inovadora, apresenta o que as crianças falam sobre esses lugares e o que fazem neles.

Organizada em três partes, a obra se constrói num jogo de olhares: ora o olhar da autora, ora o olhar das crianças, ora o olhar da autora e das crianças em diálogo. A primeira parte foca os direitos das crianças através do olhar de Liana. A segunda apresenta as lentes teórico-metodológicas através das quais é lançado o olhar para o campo empírico. O olhar das crianças e com as crianças é descrito e analisado na terceira parte através das fotografias produzidas por elas. Por fim, com base no que dizem as crianças, são apresentadas as conclusões mais relevantes do trabalho, no intuito de apontar caminhos que levem à qualidade de espaços, práticas e interações na educação infantil.

O livro revela cenas que mostram como a voz, a criatividade e a iniciativa das crianças podem ser silenciadas logo no início da vida escolar. Entre outras situações relatadas pela autora, ela observou que as crianças não tinham autonomia sequer para pintar um desenho conforme desejavam: “Jéssica pinta uma parte do rosto do saci de vermelho. Carmem, olhando fixamente em seus olhos, em tom agressivo, diz: ‘Você está pintando o rosto dele de vermelho? Eu não falei que é marrom?!’”.

Além disso, espaços que deveriam ser das crianças não pertenciam, de fato, a elas. Na instituição pesquisada, e que reflete a realidade de muitas outras escolas espalhadas pelo país, livros e brinquedos, além de poucos, na maioria das vezes não estavam ao alcance das crianças, ficando no alto de estantes. Nos banheiros, para que elas alcançassem a pia, era necessário subir numa cadeira. Fotografar trouxe todos esses problemas à tona e proporcionou às crianças experiências de conquista.

“Esse estudo foi desenvolvido com o compromisso de valorizar a participação infantil”, explica a autora, “tendo em vista o direito das crianças de expressar suas opiniões e intervir em decisões que tenham algum impacto sobre elas”. O grande desafio que a obra espera cumprir é “garantir espaço de fala para as crianças, minoria que nem sempre, mesmo com todo o avanço legal, tem seus desejos e visões contemplados pelos adultos”. Como Liana ressalta, “as crianças têm muito a dizer!”.

Sob o olhar das crianças: Espaços e práticas na educação infantil é destinado a professores e a profissionais que trabalham com crianças em creches, pré-escolas, escolas, que atuam e desenvolvem projetos em centros culturais, museus, praças, parques, a quem formula políticas para a infância ou se dedica à pesquisa na área da infância, da educação, da arquitetura e da saúde. Mas também deve interessar a pais, mães e a todos que se preocupam com a qualidade dos espaços e dos objetos que estão ao alcance das nossas crianças.

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Sobre a autora:

Liana Garcia Castro é pedagoga formada pela Uerj, especialista em Educação Infantil, mestre e doutoranda em Educação pela PUC-Rio, onde também integra o grupo de pesquisa Infância, Formação e Cultura (Infoc). É orientadora pedagógica na rede municipal de Duque de Caxias/RJ e atua em cursos de formação de professores com ênfase nos seguintes temas: educação infantil, infância, espaço, leitura e escrita.

Qual é a relação entre cinema e espectador? Essa é a questão central do livro Teoria do cinema: Uma introdução através dos sentidos (272 pp.), de Thomas Elsaesser e Malte Hagener, lançado pela Papirus Editora. Segundo os autores, todo tipo de cinema (e toda teoria do cinema) primeiro imagina um espectador ideal e, então, mapeia determinadas interações dinâmicas entre a tela e a mente, o corpo e os sentidos do espectador.

Usando sete configurações distintas de espectador e tela, que passam progressivamente de relações “exteriores” para relações “interiores”, Elsaesser e Hagener rememoram os estágios mais importantes da teoria do cinema, desde os primórdios até o presente – das teorias neorrealista e modernista às teorias psicanalítica, do “dispositivo”, fenomenológica e cognitiva, incluindo interseções recentes com a filosofia e a neurologia.

Cada capítulo traz exemplos fílmicos específicos, que oferecem material para reflexão e uma oportunidade para redescobrir obras e teorias, de filmes clássicos a contemporâneos, como os premiados Ela (2013), com direção de Spike Jonze e com Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson no elenco, e Gravidade (2012), dirigido por Alfonso Cuarón e protagonizado por Sandra Bullock. O livro inclui ainda um capítulo que situa a teoria do cinema em plena era digital.

Os autores esperam que “os leitores se sintam inspirados a aplicar sua própria cultura fílmica, sua experiência cinematográfica e seus vídeo-ensaios nesse conhecimento teórico, não no sentido de ‘aplicar’ um ao outro, mas, sim, como um ato de inferência ou mesmo de interferência: uma meditação sobre as maneiras como o cinema se apoia na teoria e a teoria se apoia no cinema”.

Livro esclarecedor e envolvente, é destinado a professores e alunos da área de cinema, cinéfilos e a todos os interessados nessa temática.

Lançamento da Guaxinim traz fábula de amor e superação

Sabemos que as crianças e os jovens se espelham no comportamento dos adultos com os quais convivem. Por isso, é importante transmitir exemplos para que possamos sonhar em ter uma sociedade com mais empatia e respeito mútuo no futuro. O pássaro de duas cabeças (Guaxinim, 64 pp., R$ 54,90), fábula escrita pelo poeta baiano Gilvã Mendes, trata com muita delicadeza de temas como o racismo e o capacitismo, em uma história de amor e superação. 

O livro nos convida a entrar em um mundo encantado, repleto de belas palavras e descrições incríveis. Os fatos narrados nessa fábula prendem a atenção do leitor, despertando sua curiosidade para descobrir como o passarinho João Cantusbonitus superará seu maior obstáculo para viver com sua amada Ingli Abá Dumundus. As ilustrações de Carol Oliveira potencializam a força, a garra e a inteligência dos protagonistas. 

Na opinião da professora Regina Guimarães, que assina o texto de contracapa do livro, ao abordar de forma leve e sensível o preconceito, a deficiência e as diferenças raciais, o autor proporciona uma transformação de vida. E essa mudança só é possível quando o verdadeiro amor acontece, mexendo com o destino dos apaixonados, como vemos na história. “E, assim, apenas o amor pode ser comparado ao singelo canto dos pássaros e à leveza de seus voos – uma sintonia perfeita”, completa Regina.

O pássaro de duas cabeças provoca uma mistura de sentimentos; relações entre a história lida e a vida vivida fazem parte dessa narrativa cheia de acontecimentos marcantes. Gilvã Mendes convida você, leitor, a entrar nesse mundo de superação, amor, compaixão e humanidade.

Sobre o autor:

Gilvã Mendes é poeta, escritor e psicólogo. Pessoa com deficiência, nasceu em Salvador-BA, no bairro popular Nordeste de Amaralina. Seu primeiro livro, Queria brincar de mudar meu destino (Papirus, 2009), foi incluído no Programa Nacional do Livro e Material Didático – PNLD 2018. Em 2019, publicou Aqueles malditos olhos azuis, uma produção independente. Esta é sua terceira obra, que concretiza um antigo sonho de escrever uma fábula sobre amor, liberdade, poesia e música, através do canto de um pássaro.

Sobre a ilustradora:

Carol Oliveira, mulher preta, baiana e capoeirista, é designer gráfica e ilustradora, graduada em Design Gráfico desde 2009. Tem especialização em Gestão da Comunicação Digital em Mídias Sociais. Foi premiada pelo governo da Bahia pelas ilustrações do livro O peixe, o pássaro e o segredo do sol.

Papirus lança duas obras sobre avaliação como aprendizagem: uma voltada para professores e outra para gestores

O início de um ano letivo é o momento de planejar o trabalho pedagógico que se pretende desenvolver ao longo daquele período. E a avaliação não deve ficar fora de pauta, pois é preciso compreendê-la como aliada da aprendizagem. É nesse contexto que a Papirus lança dois livros sobre o tema, organizados pelas professoras Benigna Villas Boas e Enílvia Rocha Morato Soares: Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do professor (112 pp., R$ 54,00) e Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do gestor (64 pp., R$ 34,90).

A primeira obra — voltada aos professores —, aborda como a avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e também como aprendizagem deve ser praticada em toda a escola, e não apenas em sala de aula. Em todos os ambientes e momentos de atividade escolar, estudantes e professores estão expostos a aprendizagens e, consequentemente, a situações de avaliação. Dessa forma, o campo da avaliação se alarga, impulsionando a conquista de aprendizagens por todos os que atuam na escola. 

Essa coletânea discorre sobre as três funções da avaliação: formativa, diagnóstica e somativa, destacando a formativa, pelo fato de desenvolver-se ao longo do trabalho pedagógico. Lembrando que esse processo exige a presença do feedback, da avaliação informal encorajadora, o envolvimento dos pais e responsáveis, mais recursos avaliativos variados, como o portfólio, a autoavaliação e a avaliação por colegas, entre outros.

Além da avaliação das aprendizagens, desenvolvida em sala de aula, esse primeiro livro também aborda os outros dois níveis da avaliação: institucional e em larga escala. Destaca a importância da avaliação institucional, pois é para ela que convergem as informações oferecidas pela avaliação das aprendizagens e pela avaliação em larga escala, que se efetiva por meio de exames externos. O papel da equipe escolar é o de reunir todos esses dados, analisá-los e tomar decisões sobre as necessidades de reorganização do trabalho pedagógico, tendo em vista a sua melhoria.

Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do professor aborda também a questão da reprovação, que faz com que o estudante viva experiências pedagógicas semelhantes no ano seguinte. Como esperar que isso possa resolver a não aprendizagem? Essa obra busca incentivar o professor a conhecer cada um de seus alunos, com o intuito de organizar um trabalho pedagógico em que todos possam se sentir incluídos e valorizados.

“Favorecer a parceria entre avaliação e conquista permanente de aprendizagens pelos estudantes e por toda a escola possibilita conceber o processo educativo como parte da realidade social em que se desenvolve, desvelando interesses, muitas vezes escusos, de reforço às desigualdades e de exclusão dos menos favorecidos”, explicam as organizadoras na segunda obra — Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do gestor.

A avaliação que a escola faz do trabalho que realiza assume singular importância nessa perspectiva, sendo o gestor o seu principal coordenador. Cabe a ele organizar e conduzir esse processo, para que todos os envolvidos se corresponsabilizem pela qualidade do que é desenvolvido e, por associação, pelo desempenho dos alunos, visando à formação integral e inclusiva dos sujeitos, promovendo sua autonomia e emancipação. 

Como a avaliação deixa marcas, que a leitura dessas duas obras possam marcar positivamente a todos os envolvidos no processo educativo-avaliativo!

Sobre as organizadoras:

Benigna Villas Boas é pedagoga, mestre e doutora em Educação. Professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), coordena o grupo de pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (Gepa).

Enílvia Rocha Morato Soares é mestre e doutora em Educação. Professora aposentada da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, integra os grupos de pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (Gepa) e Docência, Didática e Trabalho Pedagógico (Prodocência).

Murilo Matias

Colaboração para o UOL

26/03/2022 04h00

Nos últimos anos a filosofia deixou de ser restrita ao ambiente acadêmico ou a grupos de intelectuais e passou a ser tema de discussão em diversos públicos e nas redes sociais. A presença de filósofos em programas de televisão, rádio e na internet apresentando ou debatendo assuntos variados em linguagem popular alavancou a difusão do conhecimento da matéria.

Para muito além de nomes ou teorias europeias, novas abordagens e perspectivas de pensamento transcendem nesse cenário com os ensinamentos de filósofos como Mario Sergio Cortella, Leandro Karnal, Djamila Ribeiro e outros.

A partilha da sabedoria de outros campos e origens africana e dos povos indígenas, por exemplo, despertaram um universo com muito ainda a se descobrir. Descolonizando currículos e mentes as reflexões e ações provocadas pela matéria encontram novos caminhos e amplitudes conjugando a estrada da história com a realidade contemporânea.

O Inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz’ – Leandro Karnal e Monja Coen (editora Papirus 7 Mares)

O livro consiste ao longo de suas mais de cem páginas em um diálogo travado entre os autores discorrendo sobre temas como preconceito, intolerância, incapacidade de comunicação. Buscando senão respostas definitivas mas caminhos para o que chamam de cultura de paz ambos colocam em perspectiva as possibilidades de novas atitudes para reverter o cenário de violência no qual a sociedade está imersa.

Leia mais em: Cortella, Karnal: veja 10 livros de filósofos brasileiros atuais (uol.com.br)

Dois dos maiores pensadores contemporâneos no Brasil discutem, em novo livro, questões referentes à nossa existência

Qual o sentido da vida? O que nos trouxe até aqui? Destino ou escolha? Somos livres até que ponto? Por que algumas pessoas têm mais sucesso do que outras no que fazem? Será dom, vocação ou esforço? Em Viver, a que se destina? (128 pp.), lançamento da Papirus 7 Mares, Mario Sergio Cortella e Leandro Karnal refletem sobre essas e outras questões que há séculos fascinam e intrigam a humanidade.

Viver é um desafio contínuo. A ciência, a filosofia, a religião e a arte têm oferecido algumas possibilidades de resposta para nossas inquietações. Afinal, pode ser aterrador imaginar que não há um destino, algo que explique a nossa existência. Por outro lado, a ausência de sentido nos deixa livres para ser e viver conforme desejarmos – embora isso implique também responsabilidade. “A ideia de destino é tranquilizadora. Ela nos deixa mais serenos”, comenta Cortella. “Porque se cremos que alguém, fora de nós, anterior, superior a nós decide qual será a nossa rota”, explica ele, “isso é muito mais adequado do que imaginar que precisamos fazer escolhas. Toda escolha implica responsabilidade e consequência”.

Karnal defende como libertador ter de inventar seu próprio sentido. E observa: “Podemos entender que a existência é aleatória, não tem sentido, nada muda definitivamente nada. Mas, ao formar a minha ideia aleatória de sentido, que é histórica, estou produzindo algo que eu creio ser significativo”.

Seja escolha ou destino, seja a vida um drama que vamos tecendo ou uma tragédia anunciada, fato é que estamos sempre procurando algum propósito que torne a existência mais significativa. Poucas pessoas convivem bem com a ideia de uma existência sem determinação, inteiramente livre e absolutamente sem sentido. “Muitos demandam uma onisciência superior que, de forma justa e inteligente, determine tudo ou quase tudo”, lembra Karnal.

Afinal, o que justifica viver?

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“Qual é, então, a nossa margem de liberdade? Eu sou livre porque estou num tempo em que não ser desse modo não é aceitável? Mas estar nesse tempo em que estou não foi uma escolha minha. E se não foi uma escolha minha, o que é minha escolha?” CORTELLA

“Entender que o destino da vida é múltiplo, que as escolhas implicam perdas, que a potência de tudo está contida a cada curva da estrada, que eu sou eu e minhas circunstâncias e que é possível interferir, mas não no grau de um ser todo-poderoso, isso deveria nos tornar um pouco mais perfectíveis.” KARNAL

Sobre os autores:

Mario Sergio Cortella é filósofo, escritor e palestrante, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do Prof. Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira, como Nos labirintos da moral, com Yves de la Taille, Ética e vergona na cara!, com Clóvis de Barros Filho e Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios, com Monja Coen, todos publicados pela Papirus 7 Mares.

Leandro Karnal é graduado em História pela Unisinos e doutor em História Social pela USP, com pós-doutorados pela Unam, México, e pelo CNRS de Paris. Sua formação cruza história cultural, antropologia e filosofia. Foi professor da Unicamp por mais de 20 anos e hoje percorre o Brasil com suas palestras. Escreveu várias obras, como: Felicidade ou morte, em parceria com Clóvis de Barros Filho, Verdades e mentiras: Ética e democracia no Brasil, com Mario Sergio Cortella, Luiz Felipe Pondé e Gilberto Dimenstein e O inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz, com Monja Coen, todas publicadas pela Papirus 7 Mares.

Textos foram selecionados e traduzidos por Heloisa Prieto e Victor Scatolin

A surpresa narrativa é uma das melhores formas de capturar o olhar de quem a lê. Tornar objetos os protagonistas da ação desafia as regras da narrativa convencional. No livro Sobre as coisas: Antologia de contos clássicos (Guaxinim, 80 pp.), os textos que foram selecionados e traduzidos pela premiada autora brasileira Heloisa Prieto, em parceria com Victor Scatolin, têm como objetivo destacar a importância das “coisas” e pensar o papel que elas desempenham em nossa vida. 

Com ilustrações de Renata Borges Soares, a antologia traz contos do americano O. Henry, do russo Alexander Pushkin, do francês Théophile Gautier, do mexicano Ignácio Altamirano e do português Fernando Pessoa. São cinco histórias baseadas em objetos, entendidos como coisas, e permeadas de descrições que certamente vão invadir a mente do leitor: presentes trocados por um pobre casal num Natal, cartas de baralho, um bule de café, três flores e uma carta roubada. 

A seleção optou por escolher o gênero contos como forma de destacar a importância das “coisas” em narrativas de autores clássicos. O objeto supérfluo, o misterioso, o imprescindível, o insondável surge simbolizando diversas facetas da natureza humana. Mas, quando entra em jogo o verdadeiro afeto, haverá necessidade de “coisas”?

Sobre as coisas: Antologia de contos clássicos aborda dilemas fundamentais da nossa existência, que são desvendados nas histórias reunidas na obra, em um cenário de encanto e suspense. Para ler numa sentada só!

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Sobre os responsáveis pela seleção e tradução dos textos:

Heloisa Prieto é escritora, com mais de 70 obras de literatura infantojuvenil publicadas. Com mestrado em Semiótica (PUC-SP) e doutorado em Teoria Literária (USP), é também tradutora premiada e coordenadora de coleções. Diversos títulos seus foram adaptados para teatro e cinema, como 1001 fantasmas (Cia. O Grito), Esconderijo (Cia. do Parafuso) e a série Mano, que serviu de inspiração para peça de mesmo nome, dirigida por Naum Alves de Souza, e para o filme As melhores coisas do mundo, com direção de Laís Bodanzky. Detentora de vários prêmios literários (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, União Brasileira de Escritores, Câmara Brasileira do Livro), ex-professora da Escola da Vila, em São Paulo, ministra oficinas de criação literária em várias instituições, como Sesc, Sesi e CBL.

Victor Scatolin, aka Walter Vetor, é poeta, professor, performer, tradutor e mestrando na Escola de Comunicações e Artes (USP). Coautor do livro A vitória de Mairarê (Bamboozinho, 2015), já traduziu poetas como Ezra Pound, E.E. Cummings, James Joyce, Chiyo-Ni, Velimir Khlébnikov, Friedrich Hölderlin, entre outros. Com Heloisa Prieto, desenvolveu traduções e adaptações de autores como Júlio Verne, Walter Scott e W.H. Hodgson. Foi professor de ensino médio e, desde 2011, ministra oficinas de criação literária em diferentes instituições, como Sesc, Sesi e SP Leituras.

Sobre a ilustradora: 

Renata Borges Soares é ilustradora, com foco no público infantojuvenil. Colabora desde os anos 1990 com veículos como Folha de S.Paulo, Nova Escola, Uma, Vida Natural, entre outros. Foi editora de arte das revistas Nova Escola e Gestão Escolar, da Fundação Victor Civita. Teve livros ilustrados para público infantil publicados pelas editoras Paulus e Publifolha. Ilustra e edita livros paradidáticos para o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Bahia). Fez design de jogos de tabuleiro destinados para educação infantil para o Bank of America Merrill Lynch. 

Sobre a Editora Guaxinim:

Criada em 2020 com foco na literatura infantojuvenil, a Guaxinim tem por objetivo levar a já conhecida qualidade dos livros da Papirus para os pequenos e jovens leitores.​

Papirus lança box de livros com quatro dos maiores pensadores contemporâneos brasileiros: Clóvis de Barros, Cortella, Karnal e Monja Coen

Quatro livros. Quatro vozes. Quatro oportunidades de reflexão sobre a vida, com todas as suas alegrias e tristezas. Quatro ideias para viver em tempos de incertezas. Quatro x quatro: Reflexões para bem pensar, bem sentir, bem agir e bem viver (7 Mares, 608 pp.), de Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal, Mario Sergio Cortella e Monja Coen, reúne grandes sucessos desses autores na coleção Papirus Debates e retoma questionamentos importantes para o momento atual. 

Felicidade ou morte, de Clóvis de Barros Filho e Leandro Karnal – O que define uma vida feliz? Poderia a felicidade denunciar certo contentamento com o infortúnio alheio? Sem a felicidade o que nos resta?

O inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz, de Leandro Karnal e Monja Coen – Como fazer com que as relações humanas sejam permeadas pelo diálogo e pela tolerância, diante da diversidade de pessoas, de opiniões e de culturas? Como sair de um cenário de violência e construir uma sociedade menos agressiva e mais acolhedora?

Nem anjos nem demônios: A humana escolha entre virtudes e vícios, de Mario Sergio Cortella e Monja Coen – De que adianta ser bom num mundo tão corrupto e injusto? Como somos quando ninguém está nos vendo? Como podemos transformar vícios em virtudes?

Viver, a que se destina?, de Mario Sergio Cortella e Leandro Karnal – Afinal, existe destino? Ou somos livres para definir nossa trajetória? O que torna a existência mais significativa? Qual o sentido da vida?

Essa edição especial e limitada traz ainda um bônus para o leitor: um livreto exclusivo com textos inéditos dos autores, que apontam caminhos diante dos novos desafios que a realidade tem nos colocado. Nele, há também uma seleção de pensamentos extraídos dessas quatro obras tão necessárias, para repensar a própria vida e fazê-la valer a pena. Uma ótima opção de presente!

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Pensamentos de Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal, 

Mario Sergio Cortella e Monja Coen…

“Temos a impressão de que, na vida de carne e osso, a felicidade representa um grande desencontro e, portanto, ela é sempre cogitada como indicativa de um tipo de existência que não é, que nunca é, mas que gostaríamos que fosse.” Clóvis de Barros Filho

“Preferimos sobreviver a ser livres. E preferimos sobreviver e ser livres a uma terceira coisa. Essas categorias, portanto, estão ligadas ao medo. Nós somos pessoas assustadas. E pessoas assustadas obedecem com facilidade.” Leandro Karnal

“Uma frase antiga sem autoria diz que não vamos conseguir

controlar a direção dos ventos, mas podemos reorientar as velas.

Acho que, de fato, não controlamos a direção dos ventos. Isso

está fora da nossa possibilidade. Mas podemos reorientar as

nossas velas.” Mario Sergio Cortella

“O mundo é transformação, não há nada fixo nem nada

permanente. E nós somos a transformação deste mundo.

Como fazemos isso? A nossa presença, a nossa fala, o nosso

pensamento, os nossos gestos são movimentos que mexem

com a trama da existência. A existência é comparada a feixes

luminosos onde em cada intersecção há uma joia emitindo

raios em todas as direções. Nós somos a vida dessa joia. O

que fazemos, falamos e pensamos mexe em toda essa trama.

Podemos fazê-lo de maneira prejudicial ou de maneira benéfica.

A escolha é nossa.” Monja Coen

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Sobre os autores:

Clóvis de Barros Filho é graduado em Direito e Filosofia pela USP e em Jornalismo pela Cásper Líbero, com mestrado em Science Politique pela Université de Paris 3 – Sorbonne-Nouvelle e doutorado em Ciências da Comunicação pela USP. Obteve a livre-docência pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde por muitos anos foi professor. Palestrante e consultor pelo Espaço Ética, é ainda autor de vários livros sobre filosofia moral.

Leandro Karnal é graduado em História pela Unisinos e doutor em História Social pela USP, com pós-doutorados pela Unam, México, e pelo CNRS de Paris. Sua formação cruza história cultural, antropologia e filosofia. Foi professor da Unicamp por mais de 20 anos e hoje percorre o Brasil com suas palestras. É autor de várias obras.

Mario Sergio Cortella é filósofo, escritor e palestrante, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor por 35 anos (1977-2012). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do Prof. Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia, motivação e carreira.

Monja Coen, como é conhecida Claudia Dias Batista de Souza, foi jornalista profissional em sua juventude e hoje atua como missionária oficial da tradição Soto Shu. Primaz fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil, segue os ensinamentos de Buda e participa de encontros educacionais, culturais e inter-religiosos, com o objetivo de difundir princípios em prol da preservação do meio ambiente, dos direitos humanos e da criação de uma cultura de não violência e paz. Tem vários livros publicados.

Leitor é desafiado a encontrar o que está escondido

Quem de nós não tem um poema guardado na memória desde os tempos de criança? A poesia contribui para a formação do imaginário infantil, além de proporcionar aos pequenos o poder de brincar com as palavras e desenvolver sua criatividade. Em seu novo livro, Onde é que está? (Guaxinim, 32 pp.), João Proteti faz poesia com palavras e imagens e brinca com os leitores, que devem achar o que está escondido nas páginas: um passarinho que voa ao contrário do bando, uma vaidosa peixinha com um colar no meio do cardume, um periquito no centro da cidade, entre outros divertidos desafios.

“Aqui, neste livro,

você deve achar 

o que está escondido.

Por exemplo:

um lápis de cor que deu flor

só porque escreveu

este aviso.”

Onde é que está? possui belíssimas e delicadas ilustrações, feitas pelo próprio autor, que dão vida a cada poesia, a cada verso e rima, e asas à imaginação da criança que passa por suas páginas. O livro deve encantar também pais, educadores, contadores de histórias e apreciadores de literatura infantil.

“Um grilo que cricrila,

uma onça que cochila.

Uma sombrinha quase joaninha,

uma borboleta quase violeta.

Se você não achar,

pode ser que o lápis de cor

não dê flor.

Vamos ler e procurar?​”

Sobre o autor:

João Proteti nasceu em Andradina (SP), em agosto de 1952, e atualmente reside em Campinas (SP). Faz poesia com palavras e com imagens. É autor de vários livros de poesia infantil e infantojuvenil. Uma dessas obras foi selecionada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), para compor o Catálogo da Feira de Bolonha de 2010, referente à literatura infantil e juvenil brasileira. Participa regularmente de exposições de artes visuais. 

Papirus lança livro que busca influenciar crianças e jovens a se tornarem leitores mesmo em tempos de dispositivos eletrônicos sedutores e acessíveis 

Como ensinar crianças e jovens a ler e a escrever como quem saboreia o prato mais gostoso? Apoiado na teoria histórico-cultural proposta por Vygotsky e na pedagogia histórico-crítica, o professor Simão de Miranda lança Oficina de criação literária (Papirus Editora, 128 pp.), livro que almeja produzir saberes e sabores, sobretudo sociais, nos atos da leitura e da escrita, que favoreçam a construção de cidadãos críticos e conscientes e que se assumam protagonistas de transformações emancipadoras. 

A oficina retoma e amplia o conteúdo apresentado pelo autor na obra Escrever é divertido, publicada pela Papirus em 1999, proporcionando a realização de produções divertidas e inteligentes, que enriqueçam o repertório linguístico e de compreensão de mundo. Ela oferece, também, um generoso cardápio com 60 atividades, servidas em três momentos: entradas de sensibilizações para o ato de escrever; pratos principais de produções criativas avançadas; e sobremesas de estímulos ao deleite da leitura.

Vivemos tempos de não leitores. Como Miranda explica, “não temos poder para ’formar’ leitores. Não há ação externa que forme alguém, sobretudo à luz da teoria histórico-cultural. Mesmo considerando as fortes influências que um sujeito tem sobre o desenvolvimento do outro, transformando e sendo transformado nas relações dialéticas, ele é o sujeito do seu próprio desenvolvimento”. Mas, apesar disso, continua o autor, “nossas influências podem orientar tal formação”. Como influenciar efetivamente os alunos a adquirir o hábito da leitura é o pretexto desse livro.

Mais que simples alfabetização, saber ler e escrever bem é fundamental para a constituição de indivíduos críticos e reflexixos, preparados para o exercício consciente da cidadania. No livro, Miranda ressalta a importância de uma cultura letrada, tanto na escola quanto na família, para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

E você, professor, pronto para conhecer e colocar em prática o cardápio de atividades dessa oficina? Aproveite para explorar essa rica experiência de aprendizagens, atiçando o paladar de seus alunos!

Sobre o autor:

Simão de Miranda – mora em Brasília-DF. É doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, pós-doutor em Educação e atua como professor, formador de professores e palestrante, além de ser autor de mais de 50 livros nas áreas de formação de professores e literatura infantojuvenil, três deles traduzidos para Portugal e México e um distribuído em 27 países. Ministrou palestras e cursos em quase todo o Brasil e também na Argentina, em Cabo Verde, Cuba, Portugal e São Tomé e Príncipe, onde trabalhou com formação continuada de professores. Orgulha-se de ser cidadão honorário de Brasília.

Livro infantil é uma parceria entre a escritora e educadora Nye Ribeiro e sua filha Beatriz Guimarães

Contar histórias para crianças estimula a criatividade delas e possibilita a aprendizagem. Ao ouvir histórias, os pequenos experimentam emoções diversas e desenvolvem a capacidade de atenção e concentração. No livro O primeiro passeio (Guaxinim, 36 pp.), as autoras Beatriz Guimarães e Nye Ribeiro despertam a curiosidade das crianças, por meio de rimas e repetições, auxiliando no processo de alfabetização.

Tudo começa com Dona Gema entrando na água com seus dez patinhos para o primeiro passeio da manhã. No caminho, ela encontra a capivara, a garça, o bem-te-vi, a coruja, o quero-quero e, toda orgulhosa, quer apresentar os filhotes aos amigos. Mas, um a um, os patinhos começam a sumir! Onde será que eles foram parar?

— Bom dia! Já conhece meus dez patinhos amarelinhos? — pergunta a pata, toda orgulhosa.

— Dez? Eu só estou vendo nove! — diz Dona Aurora.

Quico, o patinho mais lento, tinha ficado ao relento.

Dona Gema continua o passeio e logo encontra o bem-te-vi.

— Bom dia! Já conhece meus dez patinhos amarelinhos? — pergunta a pata, toda orgulhosa.

— Dez? Eu só estou vendo oito! — diz Tuís.

Lili, a mais arteira, tomava banho na cachoeira.

Com encantadoras ilustrações, feitas em aquarela e lápis de cor pela ilustradora e bonequeira Karen Elis, O primeiro passeio, além de dar asas à imaginação dos pequenos leitores, deve agradar também a pais, educadores, contadores de histórias e apreciadores da literatura infantil. 

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Sobre as autoras:

Beatriz Guimarães é autora e editora de livros infantis. Nascida em 1974 na cidade de São Paulo, é filha da autora Nye Ribeiro e teve a arte como hobby desde muito cedo. Graduada em Publicidade e Propaganda, com formação de editora de livros EAD pela Casa Educação, iniciou sua própria editora em 2003. Além do livro O primeiro passeio, também escreveu A corrida de Mada, O gigante da ilha, Ronc ronc e o Casamento da bruxa. Apaixonada por livros, se dedica ao fomento do hábito da leitura.

Nye Ribeiro nasceu na pequena cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais. Ainda menina, mudou-se para o interior de São Paulo. Ao longo de sua vida, foi professora, jornalista, editora e escritora, com mais de 60 livros publicados. A natureza é sua maior fonte de inspiração! Hoje, além de escrever e realizar palestras para alunos e professores, por todo o país, é terapeuta e facilitadora de grupos de Pathwork — metodologia de autoconhecimento e autotransformação.

Sobre a ilustradora:

Karen Elis é ilustradora e bonequeira. Já ilustrou 15 livros, trabalhando com diversos autores. Suas técnicas mais usadas são lápis de cor, aquarela e guache. Participou de várias exposições coletivas e individuais e de salões de arte. Obteve Menção Honrosa no 1o e no 2o Encontro de Aquarelistas de Paraty e no XX Salão de Artes de Mogi Mirim na categoria Arte Contemporânea. Foi indicada ao prêmio Jabuti 2011 na categoria Ilustração pelo seu trabalho no livro Quer que eu lhe conte uma estória?, de Rubem Alves.

Sobre a Editora Guaxinim:

Criada em 2020 com foco na literatura infantojuvenil, a Guaxinim tem por objetivo levar a já conhecida qualidade dos livros da Papirus para os pequenos e jovens leitores.​

Livro de Nye Ribeiro é voltado ao público infantil

Para tornar a leitura um hábito, é importante incorporá-la à vida dos pequenos desde cedo. A musicalidade das palavras ajuda a atrair a atenção e a despertar o interesse deles. No livro Nas águas do rio (Papirus, 28 pp.), a escritora e educadora Nye Ribeiro utiliza rimas e jogos de palavras, proporcionando uma experiência de leitura muito interessante e prazerosa ao leitor.

A autora teve como maior fonte de inspiração a natureza, mais especificamente as águas de um rio, com sua vida, cor e movimento. Nelas, há sempre histórias para contar e gente que aparece para nadar e brincar. Alguns animais fazem desse rio a sua morada e outros surgem apenas para tomar banho e se refrescar do calor. Mas uma coisa é certa: há sempre uma surpresa depois da outra!

Nas águas do rio possui belíssimas ilustrações feitas por Quellebre, pseudônimo de Raquel Lebre Poloni de Resende — ilustradora de alma e coração —, que enriquecem a obra e ajudam a contar a história, facilitando a compreensão das crianças. O livro deve encantar também pais, educadores, contadores de histórias e apreciadores da literatura infantil.

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Sobre a autora:

Nye Ribeiro nasceu na pequena cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais. Ainda menina, mudou-se para o interior de São Paulo. Ao longo de sua vida, foi professora, jornalista, editora e escritora, com mais de 60 livros publicados. A natureza é sua maior fonte de inspiração! Hoje, além de escrever e realizar palestras para alunos e professores, por todo o país, é terapeuta e facilitadora de grupos de Pathwork — metodologia de autoconhecimento e autotransformação.

Pela Papirus, tem publicados: Luz e sombra, Quero um bichinho de estimação, Simplesmente Marina e O jardim de cada um

Sobre a ilustradora:

Raquel Lebre Poloni de Resende, a Quellebre, é ilustradora de alma e coração. Unindo a vontade de ilustrar à de desenvolver estampas, criou o Quellebre Studio. Quel é como é chamada por amigos e familiares e Lebre é o sobrenome que herdou de sua mãe, de quem também herdou o amor pelas artes — arte de ser mulher, mãe, bailarina, ilustradora e designer de estampas.

É apaixonada pelo lápis de cor, mas também utiliza em suas ilustrações muitas outras técnicas. Encantada pelo mundo da ilustração, mergulhou nessa magia em que a imaginação e a criação são infinitas.

Lalau e Laurabeatriz lançam livro sobre bichos que gostam da noite

Todos nós sabemos que o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. Possuímos uma fauna riquíssima, com milhares de espécies distribuídas por todo o território nacional. Vamos conhecer algumas delas? Em Escureceu, apareceu! Bichos que gostam da noite (Papirus, 32 pp.), Lalau e Laurabeatriz unem poesia e ilustração e nos convidam a conhecer alguns animais de hábitos noturnos que são muito importantes para o equilíbrio da natureza e que merecem nossa atenção e proteção. 

Várias espécies da fauna brasileira possuem uma vida mais ativa durante a noite. Dormem de dia em suas tocas ou ninhos e, quando escurece, aparecem para buscar alimento, reproduzir-se, deslocar-se por seus ambientes ou, até mesmo, escapar dos predadores de hábitos diurnos. A escuridão é uma grande aliada desses bichos. 

Corujinha-orelhuda, jacaré-anão, macaco-da-noite, mariposa-imperador, porco-espinho são algumas das espécies ilustradas e relacionadas na obra, com suas características e hábitos. O objetivo dos autores é despertar o interesse nas crianças sobre nossos animais e, com isso, a vontade de ajudar na preservação da natureza. 

Lalau e Laurabeatriz são amigos de longa data. A parceria literária começou em 1994 e já conta com mais de 50 livros publicados para crianças. A fauna e a flora brasileiras estão entre seus temas preferidos. Pesquisaram tanto sobre o assunto que, atualmente, são a dupla de autores de literatura infantojuvenil que mais conhece sobre nossa biodiversidade.

Escureceu, apareceu! Bichos que gostam da noite é voltado para crianças mas, certamente, contribuirá para o trabalho docente no desenvolvimento da consciência ambiental dos pequenos. Falar desde cedo de assuntos como fauna e flora brasileiras, preservação da natureza, biomas nacionais, extinção de espécies, entre outros, é fundamental para que as próximas gerações sejam mais responsáveis e conscientes!

SOBRE OS AUTORES: 

Poesias de:

Lázaro Simões Neto, mais conhecido como Lalau, é paulista e poeta, trabalhou como redator em agências de propaganda, escreveu contos e crônicas, publicados em alguns jornais e revistas, foi roteirista de teatro amador, entre outras atividades sempre ligadas à palavra.

Ilustrações de:Laura Beatriz de Oliveira Leite de Almeida (Laurabeatriz) é carioca e artista plástica, participou de várias exposições com pinturas, desenhos e xilogravuras, colabora com revistas, fez crítica de cinema e também trabalhou em publicidade.

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