7 mares

Clóvis de Barros Filho e Luiz Felipe Pondé debatem o amor e outros afetos em livro da Papirus 7 Mares

Desde a Antiguidade, os afetos trazem inquietação aos filósofos. Talvez o amor seja a maior delas. Afinal, como defini-lo? O que amamos quando amamos? Hoje, numa sociedade marcada pela desconfiança, quais os limites das paixões? Diante de tantos questionamentos, a Papirus lança O que move as paixões (112 pp., R$ 34,90), resultado de um debate estimulante entre Clóvis de Barros Filho e Luiz Felipe Pondé.

Os autores mostram como Platão, Aristóteles, Espinosa, entre outros pensadores, tentaram explicar as paixões e como lidar com elas. Pondé observa que, “para que possamos pensar em afetos, amor, paixões etc., precisamos ter certa reverência por eles. Porque eles são perigosos”. Para Clóvis, “cada vez menos, nos autorizamos a expor os nossos afetos, pois isso significaria expor, também, as nossas fragilidades”. E “revelar a própria fragilidade, só no último momento, em desespero de causa!”, brinca. 

Isso porque as pessoas estão muito dispostas a julgar e a condenar o comportamento do outro, fazendo com que os afetos sejam escondidos. A internet facilita esses julgamentos, principalmente nas redes sociais, onde todo mundo é mídia, mas onde também é possível haver experiências de amor. “As redes sociais são formas de manifestação, de relacionamento e de produção de afeto que inexistiriam se elas não estivessem ali. Isso para o bem, quando a manifestação produz em nós algo positivo, como um aplauso, um reconhecimento, ou uma crítica para que melhoremos, nos aperfeiçoemos; isso para o mal, quando ela é destrutiva, lesiva, corrosiva etc.”, pontua Clóvis.

O conceito de amor prático, a idealização do amor, a filosofia e o medo das paixões são algumas das provocações que o leitor encontra no livro. Não fique de fora desse bate-papo!

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“Minha impressão é que o mundo contemporâneo tem como projeto, entre outros, um lugar onde não exista amor nenhum.” (Pondé)

“Acho estranha essa felicidade amorosa em que temos que negar o tempo inteiro o que sentimos em nome de não ser agredidos afetivamente por quem se aproveitaria disso que é uma fragilidade.” (Clóvis)

“As pessoas acham que têm direito a tudo, inclusive a ser amadas. Mas ninguém tem direito a absolutamente nada.” (Pondé)

“Sinceramente, a ideia de que exista um único amor na vida e o restante seja uma espécie de erro afetivo não parece coincidir com nada do que eu tenha vivido.” (Clóvis)

Sobre os autores: 

Clóvis de Barros Filho é graduado em Direito e Filosofia pela USP e em Jornalismo pela Cásper Líbero, com mestrado em Science Politique pela Universidade Paris III – Sorbonne-Nouvelle e doutorado em Ciências da Comunicação pela USP. Obteve a livre-docência pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde foi professor. Palestrante há mais de dez anos no mundo corporativo e consultor pelo Espaço Ética, é autor de vários livros sobre filosofia moral.

Luiz Felipe Pondé é doutor em Filosofia pela USP e pela Universidade Paris VIII.  Possui pós-doutorado pelas Universidades de Tel Aviv (Israel) e Giessen (Alemanha). Coordenador de curso e vice-diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing da Faap, leciona na pós-graduação em Ciências da Religião da PUC-SP. Foi professor convidado da Universidade de Marburg (Alemanha), da Universidade de Sevilha (Espanha) e da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. É membro da Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale (Louvain, Bélgica) e assina coluna no jornal Folha de S.Paulo.

A cultura de paz é tema de conversa em livro de Leandro Karnal e Monja Coen, que mostram como o conhecimento, de si e do outro, é capaz de produzir uma nova atitude na sociedade, menos agressiva e mais acolhedora. 

A intolerância suscita sentimentos ruins e atos violentos. Como transformar a cultura de violência disseminada pelo planeta em cultura de paz? Como fazer com que as relações humanas sejam permeadas pelo diálogo e pela tolerância, diante da diversidade de pessoas, de opiniões e de culturas?  Em O inferno somos nós: Do ódio à cultura de paz (Papirus 7 Mares, 112 pp., R$ 29,90), o historiador Leandro Karnal e a Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil, refletem sobre essas e outras questões, estabelecendo como objetivo principal do livro pensar o que é necessário para alcançar uma sociedade menos agressiva e mais acolhedora.

Atos de violência, escravidão, massacres e assassinatos sempre foram frequentes em todos os períodos da história. “A diferença, hoje, talvez esteja em duas novidades. A primeira é que temos mais informação sobre eles. E a segunda é que existe hoje também, por uma série de fatores, no Ocidente em particular, uma exacerbação do ‘eu’, da sua autoestima e da ideia de que ‘se eu penso assim, isso é o correto’”, aponta Karnal.

Para a Monja Coen, a mídia precisa, sim, “alertar contra os malfeitos e os erros de compreensão humana, alertar contra os preconceitos e as discriminações, alertar contra as várias formas de violência. Mas é preciso também dar visibilidade ao que é benéfico, aos bons exemplos a serem seguidos”. 

A proposta para uma cultura de paz remete a “uma revolução muito grande, uma grande transformação individual e social. Porque é necessário modificar todo um sistema educacional, dentro de escolas, universidades, as famílias…”, explica a Monja. “Quando condenamos o hábito alimentar de alguém, o tipo de roupa que ele veste ou a ausência de trajes, estamos falando de algo que incomoda mais a nós mesmos do que qualquer outra coisa, e muito menos sobre o outro, sobre o bem ou sobre a caridade e assim por diante”, acredita o historiador.

A leitura dessa obra leva à reflexão sobre o papel que cada um de nós tem de mudar a atitude da sociedade em relação ao planeta e ao outro. Mais que tolerância, é preciso haver compreensão e respeito, como observa a Monja Coen: “É preciso tolerar alguém que tenha outra forma de pensar, de comer… Mas não se trata de tolerar a outra pessoa como toleramos um remédio amargo e desagradável, apenas porque ele traz a cura. Para mim, devemos compreender e respeitar o outro, o que considero um passo a mais do que tolerar”.

Sobre os autores:

Claudia Dias Batista de Souza, conhecida como Monja Coen, foi jornalista profissional em sua juventude. É missionária oficial da tradição Soto Shu e primaz fundadora da Comunidade Zen-budista do Brasil. Segue os ensinamentos de Buda e participa de encontros educacionais, culturais e inter-religiosos, com o objetivo de difundir princípios em prol da preservação do meio ambiente, da defesa dos direitos humanos e da criação de uma cultura de não violência e paz.

Leandro Karnal é professor doutor na Unicamp, desde 1996. Graduado em História pela Unisinos e doutor em História Social pela USP, possui pós-doutorados pela Unam, México, e pelo CNRS de Paris. Sua formação cruza história cultural, antropologia e filosofia. É membro do conselho editorial das principais publicações acadêmicas da Unicamp e da Unisinos, além de autor de várias obras, como: Felicidade ou morte, em parceria com Clóvis de Barros Filho, e Verdades e mentiras: Ética e democracia no Brasil, junto com Mario Sergio Cortella, Luiz Felipe Pondé e Gilberto Dimenstein, ambas pela Papirus 7 Mares.

Intérprete de personagens inesquecíveis faz nova incursão nos livros de poesia em Paisagem vista do trem, da Papirus

Antonio Calloni é um rosto mais que conhecido na televisão. É também, não necessariamente nesta ordem, ator de teatro, escritor, apreciador de vinhos, pai, marido, devoto de Santo Antônio, criador de coelhos, pescador amador, fã de Star Wars, datilógrafo e freqüentador relativamente assíduo de sessões de psicanálise. Mesmo com todas essas atividades, Calloni ainda acha tempo para fazer poesia, como mostra seu segundo livro na área: Paisagem vista do trem, lançamento da Papirus 7 Mares. Como isso é possível? “Não falta inspiração para quem está permeável à vida. E isso, infelizmente, não é tão simples quanto parece. O Tempo, como todos nós sabemos, é um orixá poderoso. Se a gente for legal com Ele, Ele pode ser legal com a gente”, responde o sempre simpático Calloni, cujos poemas chamaram a atenção de gente graúda na área literária, como Moacyr Scliar.

“Concentração de talentos é uma surpresa sempre agradável e, mais que agradável, entusiasmante: dá testemunho das múltiplas possibilidades do ser humano. Antonio Calloni é, como todos sabem, um belo exemplo de talento multifacético”, afirma Scliar no prefácio da obra, pouco antes de elogiar poemas como “Notícia sobre a criança”.

Nessa incursão no universo da poesia, Calloni – que se declara “fã dos Manoéis” (Bandeira e de Barros) – publica 32 poesias, agrupadas em cinco partes: Pintores do oriente, Redação infantil, Quatro estações, Alguns gracejos e A mulher e o trem. O critério para cada grupo de poesias não é temático: segue o coração do autor. “Na ‘Redação infantil sobre a comida de alguns poetas’, além de fazer uma clara homenagem à poesia e aos poetas, eu insinuo a influência que alguns desses mestres e suas obras exercem na minha escrita. Graças ao bom Deus, eu sou um sujeito altamente influenciável: acredito em Deus, na sua invenção, no ET de Varginha, no meu analista, em mim e, principalmente, na vida”, diz.

Calloni conta que começou a se interessar por poesia quando tinha 13 anos e fez uma viagem “arrebatadora” à Itália com os pais. “Na volta, escrevi um poema em italiano em homenagem à vila onde meu pai nasceu, Ponte San Pietro. Lembro bem que queria dizer que o povo da vila era ignorante sem ser agressivo e usando a própria palavra ignorante. Organizei poeticamente as imagens, as palavras, as emoções, os sabores, os gritos, as cantorias, as massas, as lágrimas, as gargalhadas e, intuitivamente, é claro, consegui. Fiquei muito feliz quando meu pai e minha mãe leram o poema e choraram como bons italianos”, relembra. E acrescenta: “Deve haver alguma razão biológica para a necessidade de escrever poesia. Quando eu entorto um fato, uma imagem, um sentimento, um fragmento através da poesia, me lembro de quando eu era criança e esmagava pintinhos na granja do meu pai só para ver o que eles tinham por dentro, como é que eles funcionavam. Escrever poesia talvez seja uma tentativa, às vezes até mais cruel, de ver como a vida funciona”. O que os fãs do ator podem esperar então do poeta? Poesias que emocionam ou que mostram como a vida funciona? Com a palavra, o próprio Calloni: “Podem esperar tudo! Paixão, procura, provocação, amor, humor, alguma sombra, um calor dos diabos e o melhor afago do melhor Deus”. Ponto final.

do livro Paisagem vista do trem, de Antonio Calloni

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Contracapa do livro:

Concentração de renda é uma coisa da qual ninguém gosta. Mas concentração de talentos é outro papo, é uma surpresa sempre agradável e, mais que agradável, entusiasmante: dá testemunho das múltiplas possibilidades do ser humano. Antonio Calloni é, como todos sabem, um belo exemplo de talento multifacético. É o ator que todos nós admiramos, na tevê, no cinema, no teatro. A partir da minissérie Anos dourados (Globo, 1986), foram numerosos os seus trabalhos na tevê, incluindo Os Maias, Terra nostra, Chiquinha Gonzaga e Amazônia, de Gálvez a Chico Mendes. No cinema, atuou em Policarpo Quaresma, herói do Brasil, de Paulo Thiago. Mas Calloni é também escritor e poeta, autor de Os infantes de dezembro (1999), A ilha de sagitário (2000), Amanhã eu vou dançar – Novela de amor (2002),  O sorriso de Serapião e outras gargalhadas (2005). Um trabalho recebido com aplausos. “Fino prosador, alçando a nossa miséria à marca exemplar da fábula”, diz João Gilberto Noll na orelha de O sorriso de Serapião e outras gargalhadas. “Isto que tem às mãos, leitor, é literatura transcendente”, garante Pedro Bial ao analisar Amanhã eu vou dançar – Novela de amor.  E ninguém menos do que o grande Manoel de Barros afirma, a propósito de Os infantes de dezembro:  “Sua poesia vem de uma aguda percepção da nossa mais vulgar vivência. Gosto de tudo”. 

Com Paisagem vista do trem, Antonio Calloni nos dá mais uma demonstração de seu enorme talento poético, um talento que resulta de um notável domínio da forma associado a uma profunda sensibilidade. (Trecho do prefácio de Moacyr Scliar)

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4 gracejos

(poesias extraídas do livro Paisagem vista do trem, de Antonio Calloni)


SONO
(um gracejo para a história)

O homem acordou um pouquinho e voltou a dormir.

NO FINAL, FOI O VERBO
(um gracejo para a nossa obra pretérita e quase perfeita)

Eu matei
Tu mataste
Ele matou
Nós matamos
Vós matastes
Eles mataram
1/4/2003

PERDIDO
(um gracejo sem direção)

– (entredentes) Perdeu, perdeu.
a carteira
o relógio
o revólver
o medo
viajam sem rumo
nas letras
minúsculas
de um nome josé.
carteira, josé, relógio, revólver, medo.
– (desnorteado) Perdemos…

RESUMO DA ÓPERA
(um gracejo em movimento)

só nos resta
respirar
comer
beber
foder
tomar banho
escovar os dentes
usar papel higiênico macio
morrer
e (para os de bom gosto)
nascer.

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O advento da comunicação digital é uma das revoluções mais importantes da nossa época. E não se limita apenas a distribuir informação, há também uma interação que permite o diálogo entre dispositivos de conexão, banco de dados, pessoas e tudo o que existe. É um marco na história da comunicação. Conectando-se a esse diálogo sobre a questão das redes, a Papirus 7 Mares lança o livro A vida em rede, de Ronaldo Lemos e Massimo di Felice.

Em constante movimento, pequenas mudanças povoam nosso cotidiano diariamente. “Pela primeira vez, altera-se a forma de transmissão das informações”, pontua Di Felice. “Do teatro até a TV, temos tecnologias diferentes de distribuição de informação, mas todas baseadas em um modelo unidirecional: de um emissor para um receptor”, continua ele. E Lemos observa ainda que “o processo de criação cultural se descentralizou em todas as áreas. Essas culturas estão emergindo pela internet”.

O mesmo acontece no contexto das redes. Agora, são diversos atores que passam a produzir conteúdos, distribuí-los e, ao mesmo tempo, ter acesso a todos eles. Segundo Di Felice, “estamos em um momento em que tudo se acelerou e é nesse contexto que temos de pensar os problemas futuros”. Nada vai ser como antes! “E cada vez mais a nossa vida vai acontecer em um ambiente digital”, lembra Lemos. “Então, o que pode evitar a possibilidade de uma vigilância perfeita é um sistema jurídico muito robusto que impeça essa linha de ser cruzada”, arremata ele. Certamente a democracia nunca mais será como antes, nem a comunicação, nem a educação, nem quase nada do jeito de viver de indivíduos e sociedade.

Como parte dessa discussão, os autores abordam no livro temas como: economia de mercado, redes informativas, tecnologia e novas formas de comunicação, participação, educação e conhecimento, valor, dinheiro e influência nas redes, entre outros.

Enfim, desafios estimulantes estão surgindo a cada momento. E o que esperar disso tudo?  Mais do que nunca, somos agentes do presente e do futuro. Então, participe você também desse debate e manifeste sua opinião!

Lançamento da Papirus dá voz às mulheres para pensar e debater a criação artística audiovisual feminina

O termo “empoderamento feminino” vem ganhando cada vez mais visibilidade. Se, no passado, as mulheres não conseguiam mostrar o seu valor, hoje elas estão atuando em todas as áreas, inclusive naquelas que eram dominadas pelos homens. Ao encontro desse momento, a Papirus lança Feminino e plural: Mulheres no cinema brasileiro (240 pp., R$ 62,90), livro organizado por Karla Holanda e Marina Cavalcanti Tedesco, que traz histórias e reflexões sobre mulheres cineastas, reforçando sua presença artística em momentos marcantes do audiovisual nacional.

Essa obra não faz apenas um resgate histórico do cinema brasileiro feito por mulheres, traz também uma abertura estratégica do pensamento crítico feminista no campo do cinema. “Uma publicação que dá voz às mulheres para pensar e debater sua criação artística audiovisual, divulgar novas formas e caminhos de pesquisa e reflexão e, consequentemente, potencializar seu poder de interpelação na criação e na política”, afirma Heloísa Buarque de Hollanda, no Prefácio. 

Os textos reunidos nessa coletânea contribuem para o desmembramento de novas investigações, para atender a uma demanda por mais conhecimento sob esse viés e ainda ser instrumento de discussões em cursos na área do audiovisual. Buscam também abranger diversos períodos da história do cinema nacional, com pontos de vista e tons variados, de acordo com a perspectiva de cada autor, demonstrando a pluralidade do feminino.

“O que nos propusemos com esse livro”, explicam as organizadoras, “foi reunir pesquisas desenvolvidas nos últimos anos que têm iluminado realizadoras e obras pouco conhecidas e estimular outras, convocando mais pessoas a transferir seus repertórios teóricos e metodológicos ao recorte de autoria feminina, o que certamente resultará em investigações inéditas e estabelecerá relações e associações pouco exploradas”. 

Para elas, “há toda uma história a ser construída, se considerarmos que a história do cinema contemplou, praticamente, apenas a parte masculina, o que tem feito emergir muitas mulheres do cinema, não somente diretoras. O terreno é muito vasto, ainda há muito a ser ocupado, a ser compreendido. A tarefa é enorme e, certamente, não se esgota nessa coletânea”.

Feminino e plural: Mulheres no cinema brasileiro é leitura obrigatória para estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área do audiovisual e agrega novos instrumentos críticos e historiográficos essenciais à Primavera das Mulheres no Brasil, que ganha força a cada dia. 

Sobre as organizadoras: 

Karla Holanda, doutora em Comunicação, é professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (UFF). Desenvolve os projetos de pesquisa “Documentaristas brasileiras” e “Cartografia do documentário brasileiro”, banco de dados on-line iniciado com a colaboração de alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde foi professora entre 2011 e 2017. É também cineasta, tendo dirigido, entre outros filmes, Kátia.

Marina Cavalcanti Tedesco é diretora de fotografia e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de fundadora e curadora do cineclube Quase Catálogo. Dentre suas principais publicações, destacam-se Brasil–México: Aproximações cinematográficas e Corpos em projeção: Gênero e sexualidade no cinema latino-americano.

Participam também dessa coletânea:

Com um belíssimo projeto gráfico, Zen: Pensamentos da Monja Coen nas palavras de Leandro Gyokan Saraiva  (Papirus 7 Mares, 144 pp., R$ 44,90) reúne pensamentos inspiradores transmitidos pela fundadora da comunidade zen-budista Zendo do Brasil, Monja Coen. A compilação desses textos foi feita pelo escritor e roteirista de cinema e TV Leandro Gyokan Saraiva, que desde 2014 frequenta a comunidade, onde recebeu os preceitos budistas.

“Leandro Gyokan, cujo nome budista significa ‘prática da observação profunda’, transformou palavras faladas, tradição oral, em palavras escritas”, conta a missionária da tradição Soto Shu. Tudo o que está nesse livro foi revisado e aprovado por ela. Foram selecionados “108 parágrafos entre minhas inúmeras falas, quer em palestras públicas, quer em práticas aqui no templo”, conta ela. Sua ideia é que essas frases possam ser usadas como um juzu, espécie de rosário budista. “Não apenas para repetir, mas para elevar nossos pensamentos a outro nível de consciência, a fim de nos libertar de apegos e aversões”, explica.

Com ilustrações da artista plástica Vera Ferro, certamente esse livro agradará não só aos admiradores da Monja Coen e adeptos do budismo, como também a todos aqueles que buscam uma mudança de estilo de vida ou até mesmo encantar alguém com um presente marcante e especial. “Espero que encontre nestas palavras um estímulo saudável para viver com plenitude, apreciar sua vida, tornar-se excelente no que estiver fazendo, encontrar apoio para superar as dificuldades que todos nós atravessamos nesta jornada humana”, deseja Monja Coen.

Ficha técnica:

Título: Zen: Pensamentos da Monja Coen nas palavras de Leandro Gyokan Saraiva

Autor: Leandro Saraiva

Ilustrações: Vera Ferro

Editora: 7 Mares

Páginas: 144 pp.

Formato: 20 x 20 cm Preço de capa: R$ 44,90

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