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Avaliar para quê e por quê?

Papirus lança duas obras sobre avaliação como aprendizagem: uma voltada para professores e outra para gestores

O início de um ano letivo é o momento de planejar o trabalho pedagógico que se pretende desenvolver ao longo daquele período. E a avaliação não deve ficar fora de pauta, pois é preciso compreendê-la como aliada da aprendizagem. É nesse contexto que a Papirus lança dois livros sobre o tema, organizados pelas professoras Benigna Villas Boas e Enílvia Rocha Morato Soares: Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do professor (112 pp., R$ 54,00) e Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do gestor (64 pp., R$ 34,90).

A primeira obra — voltada aos professores —, aborda como a avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e também como aprendizagem deve ser praticada em toda a escola, e não apenas em sala de aula. Em todos os ambientes e momentos de atividade escolar, estudantes e professores estão expostos a aprendizagens e, consequentemente, a situações de avaliação. Dessa forma, o campo da avaliação se alarga, impulsionando a conquista de aprendizagens por todos os que atuam na escola. 

Essa coletânea discorre sobre as três funções da avaliação: formativa, diagnóstica e somativa, destacando a formativa, pelo fato de desenvolver-se ao longo do trabalho pedagógico. Lembrando que esse processo exige a presença do feedback, da avaliação informal encorajadora, o envolvimento dos pais e responsáveis, mais recursos avaliativos variados, como o portfólio, a autoavaliação e a avaliação por colegas, entre outros.

Além da avaliação das aprendizagens, desenvolvida em sala de aula, esse primeiro livro também aborda os outros dois níveis da avaliação: institucional e em larga escala. Destaca a importância da avaliação institucional, pois é para ela que convergem as informações oferecidas pela avaliação das aprendizagens e pela avaliação em larga escala, que se efetiva por meio de exames externos. O papel da equipe escolar é o de reunir todos esses dados, analisá-los e tomar decisões sobre as necessidades de reorganização do trabalho pedagógico, tendo em vista a sua melhoria.

Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do professor aborda também a questão da reprovação, que faz com que o estudante viva experiências pedagógicas semelhantes no ano seguinte. Como esperar que isso possa resolver a não aprendizagem? Essa obra busca incentivar o professor a conhecer cada um de seus alunos, com o intuito de organizar um trabalho pedagógico em que todos possam se sentir incluídos e valorizados.

“Favorecer a parceria entre avaliação e conquista permanente de aprendizagens pelos estudantes e por toda a escola possibilita conceber o processo educativo como parte da realidade social em que se desenvolve, desvelando interesses, muitas vezes escusos, de reforço às desigualdades e de exclusão dos menos favorecidos”, explicam as organizadoras na segunda obra — Avaliação das aprendizagens, para as aprendizagens e como aprendizagem: Obra pedagógica do gestor.

A avaliação que a escola faz do trabalho que realiza assume singular importância nessa perspectiva, sendo o gestor o seu principal coordenador. Cabe a ele organizar e conduzir esse processo, para que todos os envolvidos se corresponsabilizem pela qualidade do que é desenvolvido e, por associação, pelo desempenho dos alunos, visando à formação integral e inclusiva dos sujeitos, promovendo sua autonomia e emancipação. 

Como a avaliação deixa marcas, que a leitura dessas duas obras possam marcar positivamente a todos os envolvidos no processo educativo-avaliativo!

Sobre as organizadoras:

Benigna Villas Boas é pedagoga, mestre e doutora em Educação. Professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), coordena o grupo de pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (Gepa).

Enílvia Rocha Morato Soares é mestre e doutora em Educação. Professora aposentada da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, integra os grupos de pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (Gepa) e Docência, Didática e Trabalho Pedagógico (Prodocência).

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